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Nióbio, o metal “brasileiro”

  • Foto do escritor: arqurbufrn20202
    arqurbufrn20202
  • 29 de nov. de 2021
  • 2 min de leitura

Com 98,2% das reservas mundiais de um minério “mágico” essencial para indústria high tech, o Brasil tem os olhos do mundo inteiros voltados para si.


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Trata-se do Nióbio, um elemento químico quase exclusivamente brasileiro, cujas reversas, de acordo com estimativas, valem mais que todo o petróleo do Pré-sal. Usado principalmente como liga, ao ser adicionado ao aço, torna-o especialmente mais maleável e forte, ampliando também a capacidade de suportar temperaturas muito mais baixas e muito mais altas. E não é necessário tanto. Apenas 100 gramas desse minério adicionados a uma tonelada de aço, já garantem o resultado esperado. O Nióbio está presente em gasodutos, pontes, automóveis, tomógrafos de ressonância magnética, marcapassos, turbinas de avião, mísseis, foguetes, e possivelmente tudo que tenha aço ou é eletrônico ficaria melhor com ele.


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O Nióbio foi primeiramente chamado de columbium em 1801 pelo seu descobridor, o químico Charles Hatchett, em referência a Columbia, como eram chamados poeticamente os Estados Unidos da América à época, onde o elemento foi descoberto. Após confusões sobre sua autenticidade, e depois de um longo tempo sendo considerado como amostra de metal já antes descoberto (Tântalo), em 1846 ele recebe finalmente o nome de nióbio, após estudos que comprovaram sua singularidade.


Araxá, em Minas Gerais, continha na década de 1960 a primeira grande reserva encontrada no planeta, mas só nos anos de 1970 que a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) descobriu as diversas utilidades daquele metal que pouco se falava. Até Hoje, só com as reversas que temos nos estados de Minas Gerais e Goiás, o Brasil pode abastecer a indústria mundial pelos próximos 200 anos.



O produto também pode ser um forte aliado de projetos arquitetônicos. Um bom exemplo é o edifício do Instituto Moreira Salles (IMS), construído entre dois edifícios altos, numa região congestionada com um metrô passando próximo, e contando com espaços abertos bem amplos e vãos livres imensos que fossem capazes de receber milhares de pessoas. Como executar um edifício que precisaria ser tão resistente e ainda assim ter a beleza e leveza das obras modernas? Com Nióbio! Graças ao nióbio, o aço utilizado nessa construção atingiu uma resistência de 420 Mpa, 68% mais resistente que o aço convencional seria (250 Mpa). Tudo isso com um acréscimo de 0,01% de nióbio ao aço.



https://www.archdaily.com.br/br/897569/aqwa-corporate-foster-plus-partners/5afd3d39f197ccb203000089-aqwa-corporate-foster-plus-partners-photo


Além de aspectos de funcionalidade e beleza, por fortalecer o aço, o nióbio auxilia no consumo reduzido de materiais, o que garantiu ao edifício de 100 metros de altura, Aqwa Corporate, no Rio de Janeiro, uma das mais importantes certificações na área de sustentabilidade, o Green Building Gold. Estudos recentes apontam o nióbio como um dos principais responsáveis pela desmaterialização da construção civil, um conceito que trata da redução de materiais utilizados nas obras, a fim de contribuir para a sustentabilidade, pois com menos materiais utilizados, menos matérias-primas são consumidas e toda a cadeia produtiva torna-se mais rápida e menos predatória.



REFERÊNCIAS

uc.socioambiental.org/pt-br/noticia/151270

https://super.abril.com.br/ciencia/a-verdade-sobre-o-niobio/

https://www.geoscan.com.br/blog/principais-minerios-extraidos-no-brasil/

http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2013/04/monopolio-brasileiro-do-niobio-gera-cobica-mundial-controversia-e-mitos.html

neofeed.com.br/brand-stories/apresentado-por-cbmm/a-revolucao-na-construcao-civil-que-aguenta-ate-terremotos/

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